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Se um dia alguém chegar em uma vaquejada e procurar uma pessoa de nome José Carlos da Cruz dificilmente vai encontrar. Mas caso procure por Da Lua, ai é que a coisa fica difícil, pois ele não para e sempre está a fazer algum mandado ou levando as senhas dos competidores para a locução e comissão de julgamento, além de realizar mil e uma funções durante uma festa de gado, entre elas auxiliar os juízes ou locutores.
Hoje, Da Lua é uma das figuras mais conhecidas da vaquejada do Nordeste. Graças aos amigos Zé Inácio e gerente de secretaria, He-Man (não confunda com o personagem de desenho animado), Da Lua carrega o apelido e muita amizade por onde passa.
Aspirante a chefe da equipe Durango de Vaquejada, liderada por seu amigo Gildo Durango, Da Lua hoje é a pessoa que todo o vaqueiro quer ver após uma disputa da Assovarn. Tudo isso, porque ele também é o responsável pela entrega dos troféus de campeões, ou seja, Da Lua é sinônimo de prêmios na vaquejada.
Simples, humilde e sempre esbanjando alegria, Da Lua começou nas vaquejadas em 2002, no Parque Veras, na cidade de Campo Grande-RN. Graças aos mesmos amigos de que lhe batizaram com um dos apelidos mais famosos do esporte vaquejada, ele começou como mensageiro e partir daí, nunca mais faltou empregado para este potiguar que hoje reside em Angicos-RN, cidade à 180 km de Natal-RN.
Da Lua ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Norte e já trabalhou em vaquejadas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí. Ao ser perguntado sobre os amigos que conquistou por essas andanças, Da Lua evita citar nomes para não se esquecer de algum, até mesmo porque seria quase impossível. “Hoje eu tenho mais de cem amigos na vaquejada. Se eu for falar o nome de um, vou ter quer falar o nome de tudim né...? Pra ninguém ficar com raiva”, contabilizou e brincou o mensageiro “gente boa” das vaquejadas.
E por falar em amigos, sem dúvida, seu companheiro de secretaria Jackson Costa deve estar entre os mais de cem relacionados por Da Lua. Ao falar do amigo, Jackson não poupa elogios. “Ele é uma pessoa exemplar. Eu gosto muito dele e pra mim ele é 100%. Ele é muito desenrolado. Eu sempre gosto de trabalhar com ele”.
Mas como tudo em vaquejada é movido a brincadeira, o Jackson coloca o Da Lua em “apuros”. “A gente sempre brinca com ele porque ele não consegue dizer o número três mil trezentos e trinta e três. A gente sempre pede, mas ele nunca consegue”, brincou Jackson.
Desempenhando suas funções, todo mundo sabe que Da Lua é competente no que faz, mas quando o assunto é correr boi, ai o bicho pega. Ele conta que certo dia, na cidade de Nova Cruz-RN, o amigo Gildo Durango preparou tudo para a apresentação do “vaqueiro” Da Lua. Com sinceridade, ele não esconde o julgamento na sua participação. “Foi Zerooo!!”.